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Mostrando postagens de março, 2017

O Inspetor de Xindzimila, de Virgília Ferrão

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Banhado pelas águas do Oceano Índico, Moçambique é um país africano com uma cultura bem vasta e distinta da brasileira, todavia somos lingados por um aspecto importante: o idioma. A língua oficial do país também é o português e, para mim, foi extremamente gratificante ter a oportunidade de ler uma obra que faz parte do acervo literário desse povo forte e destemido. Lançado pela Selo Jovem e escrito por Virgília Ferrão, O Inspetor de Xindzimila encanta em primeira vista pela arte da capa e o capricho da edição, além de ter uma sinopse bastante envolvente, tomando a atenção de leitores em qualquer prateleira de livraria. E é importante ressaltar que a definição de inspetor em países lusófonos da África se assemelha no Brasil com um investigador policial, refletindo todo o mistério por trás das páginas da obra. Dionísio, tido como o inspetor, é o protagonista da narrativa que se inicia com seu retorno à pacata vila de Xindzimila depois de um período de estudos no exte

Lançamentos Selo Jovem - 1º Semestre 2017

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Separei nesta postagem alguns lançamentos da editora Selo Jovem, parceira do blog Pena Pensante, correspondentes ao primeiro semestre do ano. São títulos intrigantes que aguçam a curiosidade do leitor em se aventurar pelas páginas de cada um deles. Por isso, logo abaixo você pode conferir as respectivas sinopses e capas. Cada um com sua particularidade e característica que compõe o fantástico mundo literário! Cartas para Helen:  “Entreguem… Entreguem para ela…” Essas foram suas últimas palavras. Sob uma cidade destruída e abandonada, dois sobreviventes são testemunhas desse pedido. Em suas mãos, um punhado de cartas destinadas a uma mulher, e em volta, gritos anunciando o perigo. A única saída é fugir. A única maneira é se esconder. A única chance é lutar. Um mistério que os persegue até o fim, enquanto leem cada linha das cartas que carregam, que não só lhes dão uma esperança de sobreviver, como revelam a verdade por trás da catástrofe que os rodeiam. ( Saiba Mais )

A Lagoa dos Sapos

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Certa vez foi me contada uma história de uma lagoa no meio da floresta onde era localizado o reino dos sapos. O local era considerado o paraíso para a espécie, governado pelas ordens do rei. Este, por sua vez, se encontrava tristonho sentado em seu trono de cogumelo por não ter nada o que fazer. — Não é fácil ser o rei da lagoa — afirmava para seu conselheiro. — Estou submerso em um poço de tédio, tudo se encontra na mais perfeita harmonia!  O súdito, então, ouvindo os lamentos do monarca, sugeriu-o que fizesse uma competição na lagoa e desse as mais nobres honrarias ao vencedor. Pois bem, dito isso, o Rei Sapo não se aguentava dentro de si já que tamanho era seu entusiasmo. Pediu ao escrivão que elaborasse uma carta oficial e colasse no tronco do arbusto às margens da lagoa. Assim, todos poderiam participar. "Caros súditos, contemplarei àquele que subir primeiro na copa do arbusto e me trouxer um ramo de sua flor com tesouros inimagináveis", dizia a tal carta. Log

Book Haul - Fevereiro de 2017

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Mais um mês que se passa cheio de experiências e indicações literárias formidáveis. Como de costume, abaixo você pode conferir os quatro exemplares do mês de fevereiro com os respectivos links de onde você pode adquiri-los. Além disso, caso queira conferir obras indicadas em outros meses, não deixe de acessar o menu superior na aba "Book Haul". Confira: Oração aos Moços, de Rui Barbosa Uma das mais belas oratórias de Rui Barbosa. É o discurso do paraninfo da turma de 1920 da Faculdade de Direito de São Paulo. Brilhante lição de fé e de civismo à mocidade. Já se disse que "a Oração aos Moços e o Discurso do Colégio Anchieta formam na obra de Rui Barbosa o díptico que se poderia intitular: Palavras à Juventude." Fala o padrinho carinhoso, o Mestre abalizado numa linguagem rica de metáforas e através de preciosa mensagem, de onde jorram os mais sábios ensinamentos e os mais elevados conselhos. Ler Oração aos Moços é fortalecer os ideais pelos quai

O Macaco e o Golfinho

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Na Grécia antiga era costume entre os navegantes levar macacos para seus navios, quando iam viajar. Isso porque tinham tais seres como mascotes que traziam boa sorte nas grandes e perigosas viagens. Um navio que levava alguns desses animais naufragou próximo da costa de Atenas e, se não fosse a presteza com que ocorreram os golfinhos, toda a tribulação teria perecido afogada. Os marinheiros ficaram surpresos e intrigados com a inteligência do cardume, já que desempenharam o papel de salva-vidas. — Que sorte a nossa termos esses animais por perto! — diziam uns aos outros. Pois bem, o brilhante cardume pôde evitar o terrível naufrágio, e este feito não ficou perceptível apenas aos homens. Um macaco, valendo-se de sua semelhança física com os seres  humanos, achou que também tinha direito à salvação. De fato, um dos golfinhos o tomou como homem, levando-o através dos mares em cima de seu dorso. Já se aproximavam da praia, quando o salvador, numa tentativa de ser agradável, pergun