Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2016

Livros Lidos em Janeiro de 2016

Imagem
Toda resenha que faço, costumo colocar não só a minha opinião sobre a obra, mas também o que aprendi com o livro, pois sei que cada um tem uma mensagem especial para passar. Nesse mês, tive a oportunidade de ler alguns exemplares que me ensinaram grandes coisas.  Talvez você se pergunte o motivo dos meus livros não estarem em perfeito estado de conservação. Preciso responder que, alguns deles, não pertenceram somente a mim; quando os consegui já estavam surrados, e eu os conservei da melhor maneira possível. De qualquer forma, não me entristece saber que um livro está velho, pois isso significa que ele foi lido por diversas vezes. Hoje, separo em uma lista as sete obras que li no mês janeiro. Você pode ter acesso às resenhas clicando nos respectivos links. Todavia, colocarei as informações principais nessa postagem.  Resenha:  Clique Aqui Título:  A Voz do Silêncio Autora:  Helena Blavatsky Tradutor:  Versão portuguesa de Fernando Pessoa Data de Lançamento:  1889

A Voz do Silêncio, de Helena Blavatsky

Imagem
Helena Blavatsky escreveu o livro A Voz do Silêncio no ano de 1888. Demorou apenas algumas semanas para colocar no papel toda a sua experiência com a cultura oriental. Seu objetivo era descobrir como os monges tibetanos alcançavam a plenitude espiritual e a perfeita comunhão entre corpo e alma. Naquela época, poucos se interessavam pela cultura oriental, mas H. Blavatsky insistiu em sua busca e, deixando seu país de origem - Rússia -, deu início a sua jornada. Tentou diversas vezes entrar Tibete, mas não conseguia. Até que em uma de suas tentativas, passando pela Índia, conseguiu cruzar as fronteiras e entrar no país. Ela obteve o que queria com os monges, porém, não pôde usar qualquer tipo de papel ou caneta para anotar suas experiências. Foi obrigada a decorar textos enormes. O responsável pela tradução portuguesa, foi o escritor Fernando Pessoa. O livro é um conjunto de três fragmentos que, originalmente, teve o nome de Livro dos Preceitos Áureos, e contém a essência do

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado

Imagem
Jorge Amado escreveu o livro O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948 como um presente ao filho. Entretanto, ele só foi publicada em 1976. A história se passa em um parque onde habitam vários animais. Cada um deles recebe uma descrição detalhada de sua personalidade, e é possível perceber que eles vivem, praticamente, igual aos humanos; falando, discutindo e até fofocando. Todos no parque temiam o gato malhado pois o julgavam responsável pelas atrocidades que aconteciam na região. Embora ninguém tivesse nenhuma prova, o apontavam como culpado apenas por sua aparência de malvado. Certa vez, a andorinha mais desejada entre os passarinhos resolveu enfrentá-lo. Todos receavam a morte da coitadinha; pensavam que o gato não teria piedade. Porém, o que ela acabou descobrindo foi que ele não era tão mau como falavam, e os dois se tornaram amigos. O gato e a andorinha passaram a primavera toda se encontrando pois não faltava assunto. De início, tiveram dificuldade para assumir, m

As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu, de Mitch Albom

Imagem
As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu, escrito por Mitch Albom, é um livro que simplifica a vida de uma forma espetacular. Lindamente triste, a história se passa em torno do personagem principal, Eddie, mecânico chefe de um parque chamado Ruby Pier. Eddie tinha o sonho de se tornar engenheiro, mas depois que foi convocado à guerra, abriu mão de seus objetivos. Quando voltou, já não tinha mais o mesmo entusiasmo de antes, e os acontecimentos fizeram com que se acomodasse. No decorrer do livro vamos descobrindo toda a sua história, e o porquê dele ter tido uma vida aparentemente normal e melancólica. Passara a vida toda trabalhando no Ruby Pier e acabou morrendo num trágico acidente no parque, que é narrado logo no princípio da história, pois a maior parte dela se passa em suas experiências pós-vida. Ao chegar no céu, ele começa a ter as respostas das perguntas que o atormentava, e percebe que nada do que fizera foi por acaso. Ao ser recebido por cinco pessoas - uma de cad

O Sobradinho dos Pardais, de Herberto Sales

Imagem
Como é bom quando encontramos um livro capaz de despertar em nós sentimentos há muito esquecidos. Isso aconteceu comigo quando li O Sobradinho dos Pardais, de Herberto Sales. À medida em que vamos crescendo, vamos, também, esquecendo de coisas que não nos interessa mais e, consequentemente, novos valores são adquiridos. Mas, basta um toque de simplicidade naquilo que é presente para percebermos que não precisamos de muito para sermos felizes. O Sobradinho dos Pardais despertou em mim algo que eu não sabia que tinha: a capacidade de ser feliz com pouco e, acima de tudo, de continuar feliz caso perca o pouco que tenho, pois não existe nada mais valioso do que a vida e o amor ao próximo. O livro conta a história de Dona Pardoca e Sr. Pardal, um casal de pardais que vive na mata. Dona Pardoca via a amiga, Joaninha de Barro, e se perguntava o porquê de não ter uma casa para morar como a comadre. Convencendo o marido, o casal se muda para a cidade tentando encontrar um beiral par

Dinotopia: O Mundo Subterrâneo, de James Gurney

Imagem
Já pensou em ter uma vida junto aos dinossauros? Provavelmente, essa realidade seria um caos! Entretanto, não é a perspectiva que James Gurney nos proporciona em sua obra. Nesse universo, seres humanos e dinossauros vivem em perfeita comunhão, na ilha de Dinotopia, compartilhando tarefas diárias. Enquanto o resto do mundo acredita que os dinossauros foram extintos, o local permanece em segredo e preservado, sendo contornado por um grande recife seguido de tempestades fortíssimas, impossibilitando sua descoberta. Todavia isso não significa que os habitantes de Dinotopia são atrasados em relação às outras partes do globo por estarem isolados; eis a surpresa! De acordo com a obra, toda a ilha possui uma tecnologia e infraestrutura que as demais nações desconhecem. Não posso opinar sobre os outros livros desse universo pois li apenas um. Mesmo assim, fiquei fascinado com a riqueza dos detalhes. Em Dinotopia: O Mundo Subterrâneo , um dos títulos da série, o autor apresenta traço

O Homem de Terno Marrom, de Agatha Christie

Imagem
O Homem de Terno Marrom, escrito por Agatha Christie, é o tipo de livro que prende a atenção do leitor curioso. Me fez ter vontade de terminá-lo num só dia. Lançado no ano de 1924, não se assemelha com as outras obras da autora, pois a trama mistura aventura, romance e até mesmo um pouco de humor transmitido por um dos personagens. Posso confessar que a cada capítulo que lia, formava uma opinião diferente sobre a solução do mistério e, no final, fui surpreendido, como em todas as outras obras da Rainha do Crime. A personagem principal é Anne Beddingfield, uma jovem inteligente e bonita, filha de um famoso antropólogo que, após ficar órfã, se muda para Londres em busca de um estilo de vida que pudesse lhe proporcionar grandes aventuras e liberdade. Logo que testemunha a morte de um homem ao cair nos trilhos do metrô e a notícia de uma assassinato quase no mesmo horário, Anne tenta ligar uma coisa à outra. A partir daí, a história se passa em torno da moça que, com a ajuda de u

Cão Zen, de Toni Tucker e Judith Adler

Imagem
Eis um pequeno livro capaz de nos ensinar grandes coisas.  Cão Zen, de Toni Tucker e Judith Adler, publicado pela Bertrand Brasil, nos traz uma reflexão, dentro da filosofia budista,  explicando que a própria natureza dos nossos amigos de quatro patas é a natureza de Buda, ou seja: eles já nascem sabendo o que levamos anos para aprender, e muitas vezes nem aprendemos. O livro possui um conjunto de frases e imagens em preto e branco de diversas raças de cães demonstrando carinho. Muitos no conforto de seus lares, enquanto outros, no chão frio e gelado das calçadas da rua. Independente de onde estejam, sempre param para abanar o rabo e demonstrar lealdade, honestidade, amor, compaixão e alegria - as mais puras qualidades Zen.  Buda sabia, que o ódio não se vence com o ódio, o ódio é conquistado pelo amor. Os cães fiéis ensinam seus donos, mesmo aqueles que não são dignos de ser chamados de pessoas, a amar de novas e diferentes maneiras. É deixado claro que se fôssemos sufici

O Legendário Guilherme Tell

Imagem
A história do legendário herói Guilherme Tell, escrita por James Baldwin, data do início do século XIV, durante a luta do povo suíço pela independência da dominação austríaca. O povo suíço não era livre como é hoje. Há muitos anos, um tirano arrogante e prepotente, chamado Gessler, atormentava suas vidas. Um dia, esse tirano pôs um poste no meio da praça pública, colocou seu chapéu no alto e ordenou que todas as pessoas que chegassem à cidade se curvassem diante do chapéu. Mas um homem chamado Guilherme Tell re recusou. Parou de braços cruzados em frente ao poste e deu uma gargalhada ao ver o chapéu pendurado. Ele não se curvaria nem mesmo para o próprio Gessler. Ao saber disso, Gessler ficou furioso. Temia que seguissem o exemplo de desobediência  e logo todo o povo poderia se rebelar contra ele. Resolveu, então, punir aquele atrevido. A casa de Guilherme Tell ficava na montanha e ele era excelente caçador. Ninguém manejava o arco e a flecha tão bem quanto ele. Sabendo di

Humildade e as Raízes Terrenas

Imagem
De acordo com o Abade Christopher Jamison em seu livro, temos que começar examinando a origem da palavra humildade para compreender seu real significado. Sua raiz é a palavra latina "humus", que significa solo ou terra. A partir daí, segue-se uma definição pragmática: ser humilde é ser prático e simples, ter os pés no chão. O que se pressupõe ser também realista, honesto e verdadeiro. A raiz também conecta humildade à humanidade, porque ser humano é ser feito do "humus". "Homo Sapiens" é o pedaço de terra que sabe que está vivo, uma revelação magnificamente expressa no Livro do Gênesis. Adão é alguém feito a partir de "admah", a palavra hebraica para solo, chão.  Ele é "sapiens" porque tem conhecimento, é capaz de dar nome às coisas e escolher quais frutos do paraíso desfrutar. Mas o único que ele não pode apreciar é o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse conhecimento significaria que ele é divino, pois só Deus

Geomancia: Como harmonizar o céu e a terra?

Imagem
A harmonia pitoresca das paisagens chinesas tradicionais não acontece por acaso. Os hábeis praticantes da geomancia souberam misturar as forças naturais com forças delineadas pelo homem, reduzindo as influências nefastas e aumentando as boas influências, para conseguirem saúde, felicidade e prosperidade. O nome chines para geomancia é Feng-Shui, que significa literalmente "vento e água". Feng-Shui representa o poder da natureza atuando num determinado lugar: o vento nas colinas e nas árvores e a água na chuva, nas tormentas, no rio e no subsolo. Estas forças provêm de três fontes: o céu, incluindo fatores astrológicos e fator tempo; a terra que inclui a geologia, o solo e o clima; e o elemento humano. Só quando estes três elementos forem "harmonizados" num determinado local a função do geomante se dá por terminada. Na China, Feng-Shui fez sempre parte da vida do dia-a-dia. Nos primeiros tempo, os geomantes eram consultados sempre que estivesse a ser planead

Thomas Merton e o Monge do Deserto

Imagem
Nascido na França em 1915, Thomas Louis Merton, um homem de sabedoria monástica captou a imaginação do século XX, da mesma forma que os monges ancestrais do deserto fizeram no século IV. Voltou à casa da família materna nos Estados Unidos para escapar da Primeira Guerra Mundial. Após a morte da mãe, frequentou a escola e a universidade na Inglaterra, retornando aos Estados Unidos, em 1935, para frequentar a Universidade de Columbia. Merton vinha de uma família protestante sem fervor religioso. Mas, em 1938, ele vivenciou uma profunda conversão ao Catolicismo. No ano em que os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial - 1941 -, ele ingressou no mosteiro de Getsêmani, no Kentucky, onde viveu o resto da vida. Em meio a uma jornada ao Extremo Oriente, em 1968, Merton faleceu. Chamado de "Lama Americano" pelo próprio Dalai Lama, elogio que é, talvez, o equivalente moderno a ser reconhecido como um monge do deserto da nossa era. Em 1948, ele publicou "Semente

A Misteriosa Rainha das Flores

Imagem
Um roseiral em flor é sempre algo de maravilhoso. Quando as rosas se abrem em todo o seu esplendor, nos jardins, mesclando seu aroma ao das demais plantas, a natureza toda se adorna e é realmente um espetáculo maravilhoso. Desde tempos imemoráveis, a rosa é a rainha das flores, flor procurada em todos os recantos do globo. O grande poeta Homero comparava as cores da aurora aquelas tênues e suaves da rosa: para ele, a aurora tinha dedos de rosa. E todos os poetas a cantam: Chamam-na a Rainha das Flores. Muitas lendas cercam o aparecimento desta soberana flor. Uma delas diz que o poeta, desejando oferecer a Júpiter uma coisa bela e frágil ao mesmo tempo, parou diante de um arbusto, colheu uma flor e disse a Júpiter: "Que seja a rosa". E, entre seus dedos, a metamorfose se realizou. A primeira rosa era branca. Também sobre a mudança de sua cor nasceu uma lenda gentil. Cupido, dirigindo um coral de danças, esbarrou num vaso de néctar, que caiu sobre a rosa, que, de branc