Sumidouro: Ponte Seca (Quarta Parte)
Espelhar na vivência toda a historicidade do arcabouço ostensivo presente em Sumidouro é conseguir enxergar além do que a visão pode mostrar; é viajar nas linhas do pensamento projetadas em meio à maestria da obra; é saber decifrar o enigma emocional contextualizado nas paisagens; é sentir na pele a transformação fugaz das épocas; é exercer o papel de aventureiro e mergulhar no oceano de incertezas; é entender que a vida não para e as obras do passado tomam outras interpretações com o passar do tempo. Por mais que possamos sentir que temos o controle de nossas ações para traçarmos planos ao futuro, tudo não passa de uma ilusão projetada pelo lento caminhar das décadas. Quantos indivíduos pisaram nesta terra com o desejo de construir impérios e nada levaram senão o esquecimento. Foram noites e noites depositadas na concretização de planos vazios, delineados pela vaidade, que acabaram encobertos pelo manto da noite escura. Caminhando por um centro histórico e observando atentamente os c