Muitas Línguas, Uma Língua, de Domício Proença Filho
Para os amantes da leitura, uma boa história se faz por uma série de fatores que contribuem para um bom aproveitamento nas horas dedicadas e entretidas nos capítulos de um exemplar. Seja pela trama, pelo gênero ou pelo estilo de escrita do autor, o livro responsável por cativar, sempre entorna aspectos importantes e memorados que refletem suas particularidades para fora das páginas, fazendo-nos interpretar suas nuances de acordo com nossa concepção de primor. Acontece que todas essas características só são perceptíveis graças a um atributo quase sempre negligenciado por sua onipresença na narrativa que compõe a premissa da história. Estou falando da língua, ou, melhor dizendo, do idioma que enlaça as perspectivas e forma uma encruzilhada de conhecimento e emoção, cuja perpetuidade se dá justamente por sabermos interpretar o emaranhado de palavras formalizadas em seus ângulos linguísticos. Desse modo, é possível perceber a importância da língua para a partilha das história