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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

O Enigma do Quatro, de Caldwell & Thomason

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O Enigma do Quatro é um livro que contém mistérios do início ao fim. Escrito por Ian Caldwell e Dustin Thomason, é comparado com as histórias de Dan Brown; autor de O Código da Vinci . A trama se passa em torno de quatro amigos - Tom, Paul, Charlie e Gil -, estudantes da faculdade de Princeton nos Estados Unidos. Por estarem no último ano, Paul e Tom dedicam-se, incansavelmente, a tese cujo tema é um misterioso livro escrito na Renascença, que eles acreditam conter segredos absurdos sobre a história da humanidade. E, de fato, através da criptografia, descobrem pistas que levam a outros mistérios. "O forte tira o fraco, mas o astuto tira o forte." Todo esse desejo e curiosidade pelo livro, nomeado de Hypnerotomachia Poliphili , veio do pai de Tom, que durante anos dedicou a vida para desvendar os mistérios da Renascença, mas que faleceu antes de concluir sua obra. Talvez, no início, a história possa parecer meio cansativa e detalhada; muitas vezes pensei qu

A Vida Como Ela É, de Nelson Rodrigues

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A Vida Como Ela É , obra do escritor, jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, escrita de 1950 a 1961, é uma série de crônicas publicadas no jornal Última Hora , que retrata de forma realista casos de ciúmes, adultérios e pecados do desejo moral. Tornou-se um sucesso em poucas semanas depois de seu lançamento. Aos quatro anos, Nelson mudou-se de Pernambuco para o Rio de Janeiro e lá construiu sua célebre carreira, transformando-se no grande representante da literatura teatral de seu tempo, apesar de sua obra ter fama de vulgar e obscena. “Daqui a duzentos anos, os historiadores vão chamar este final de século de 'a mais cínica das épocas'. O cinismo escorre por toda parte, como a água das paredes infiltradas.” A Vida Como Ela É é uma antologia de crônicas, sendo, muitas delas, adaptadas para a televisão, como por exemplo: Viúva Alegre , Uma Senhora Honesta , Sem Caráter , e muitos outros. Totalmente isentas de fantasia, as histórias são baseadas na vivência

O Livro Ilustrado dos Mitos, por Neil Philip

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O mito fantasia o passado imemorial de forma fabulosa, narrando as origens entre genealogias e rivalidades na autoridade e confiabilidade da pessoa que o testemunhou. O Livro Ilustrado dos Mitos é um conjunto dessas histórias irreais, contadas em diferentes épocas e lugares. Entretanto, não é considerado apenas história. Uma vez que pessoas acreditam nele com o coração e a alma, torna-se uma mina de fidelidade humana — a verdade de um é a ficção de outro. "Os Mitos são os sonhos da humanidade. Como os sonhos, eles são ao mesmo tempo profundamente estranhos e espantosamente familiares." A obra conta com uma fração do que compõe a mitologia mundial, sendo que algumas regiões são mais retratadas do que outras. Dividido em sete parte, o livro começa com os mitos da criação e os "começos" do mundo, passando para fertilidade e cultivo, deuses e mortais, deuses e animais, até chegar nas visões do fim. As ilustrações são extremamente detalhadas e a narrati

Parceria com o Catálogo Literário, do Grupo Editorial Record

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É com imensa alegria que, depois de três anos de blog, firmo minha primeira parceria com o Grupo Editorial Record , fazendo parte de seu Catálogo Literário. Eu que sempre fui apaixonado pela literatura, saber que um projeto arquitetado como um passatempo, a fim de levar a melhor informação do mundo literário — principalmente dos clássicos —, é reconhecido, me estimula a querer fazer um trabalho cada vez melhor. Com a parceria, poderei trazer informações de qualidade para vocês, leitores, e melhorar a dinâmica do blog. Serão postados, todos os meses, os últimos lançamentos do Catálogo Literário, além de toda semana, as resenhas. E o melhor é que serão efetuados sorteios de livros para todos que quiserem participar. A parceria com o Catálogo Literário engloba grandes autores publicados pela Editora Civilização Brasileira, Editora Paz e Terra, Editora José Olympio, Bertrand Brasil e Record, como Julio Cortázar, Eric Hobsbawm, Isabel Allende, John Fante, Cristóvão Tezza, Nélida

O Livro das Virtudes, de William J. Bennett

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A fim de compreender algumas qualidades essenciais para a formação ética do ser humano, O Livro das Virtudes é considerado um tesouro, pois não se trata de um único romance ou livro de auto-ajuda, mas sim de um conjunto de histórias eternas que vêm de diversas épocas e lugares. São poemas, fábulas, lendas, contos, cartas, entre outros. Perfeito para os leitores iniciantes e essencial para os assíduos da literatura. "As histórias boas nos convidam a entrar no papel de outras pessoas, passo crucial na aquisição da perspectiva moral." Como a obra se destina a auxiliar na eterna tarefa de formação moral, o autor, William J. Bennett, fez uma pesquisa profunda e conseguiu juntar num só livro os maiores autores que já existiram, como Esopo, Irmãos Grimm, Tolstoi, Amy Cruse, e muitos outros. Dividido em dez partes, uma para cada virtude, o livro trabalha com a compaixão, disciplina, amizade, responsabilidade, trabalho, coragem, perseverança, honestidade, lealdade e

Madame Bovary, de Gustave Flaubert

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Um dos maiores escândalos literários do século XIX, o livro proibido que, processado pelo poder público, levou o autor, Gustave Flaubert, aos tribunais acusado por imoralidade. Um ano depois, a obra foi absolvida e, mesmo sendo criticada pelo puritanismo da época, se tornou um sucesso de vendas, mudando, por completo, os padrões de romances. O realismo da história levou multidões às livrarias, e a França provinciana foi marcada com o que é considerado o "Romance dos Romances", livro que inspirou os mais conceituados escritores. A trama se passa em torno de Ema Bovary, uma mulher sonhadora que, com opinião formada, busca uma felicidade inexistente. Após casar-se com um médico, a moça percebe que a vida não é conforme os livros que lia. Isso faz com que ela apresente uma insatisfação ao casamento. "O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestades dos céus que cai sobre a vida e a revolve , arranca as vontades como folhas e

Acadêmico: Introdução às Culturas Populares no Brasil

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Eis o livro que, nesse primeiro semestre de 2016, tem me auxiliado na disciplina de antropologia. Eu não costumava resenhar exemplares acadêmicos, entretanto, percebi que se tratava de uma boa ideia desde que soubesse como escrever. Introdução às Culturas Populares no Brasil, de Otávio Zucon e Geslline Giovana Braga, me chamou atenção pelo seu dinamismo e abrangência. Diferente de outros livros acadêmicos, a obra auxilia de forma estimulante à disciplina. Uma de suas principais características, é a valorização de qualquer tipo de cultura; seja ela popular ou não.  "Qualquer indivíduo ou grupamento humano é, antes de tudo, cultural." Li somente o primeiro capítulo; sei que os demais se aprofundarão ao folclore brasileiro, e como o próprio título diz, à cultura popular. Mas, pelo que constatei folheando suas páginas, tenho certeza de que no decorrer do semestre terei um excelente material de apoio. "Não se deve estabelecer uma valorização pautada na posiçã

Eu Fui Amelia Earhart, de Jane Mendelsohn

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Amelia Earhart foi a mais famosa aviadora de sua época; a primeira mulher que atravessou o atlântico sozinha a bordo de um bimotor. Em 1937, quando tentou dar a volta ao mundo na companhia de seu navegador, Fred Noonan, sua aeronave desapareceu dos radares perto da costa de Nova Guiné, e nunca mais foi vista. "O céu é uma carnalidade." Como seu corpo não foi encontrado, em 1998, Jane Mendelsohn aproveitou-se desse desconhecido fim para publicar seu primeiro romance ficcional: Eu Fui Amelia Earhart. Utilizando o diário de Amélia para narrar os fatos, a autora dedica a maior parte da trama aos acontecimentos ocorridos depois do acidente, numa ilha deserta no meio do oceano pacífico. Lá, a aviadora desfruta da liberdade que tanto almejava em vida. A obra não foca no espirito aventureiro que Amelia Earhart possuía nem nas suas grandes experiências de vida. Esperei grandes emoções com a descrição de suas atitudes e personalidade aventureira, no entanto, o livro

Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo

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Depois de ser expulso da França, Victor Hugo se refugiou em Guernsey; uma ilha do arquipélago da Mancha. Lá, o autor se inspirou para escrever, em 1866, um de seus mais conceituados livros: Os Trabalhadores do Mar. A história se passa no início do século XIX e o personagem principal da obra é Gilliatt, um homem na faixa dos trinta anos que não era estimado na região. Possuía uma aparência peculiar comparada ao misticismo. A população o julgava como bruxo, feiticeiro, mago, entre outras coisas. Todos diziam que suas conquistas vinham de fontes suspeitas. Entretanto, Gilliatt conhecia o mar como ninguém, e tudo o que possuía era fruto de seu trabalho duro. Como não era bem-visto pelos habitantes altamente supersticiosos da região, se tornara uma pessoa totalmente solitária. Mas isso nunca abalou seu caráter. Certa vez, pôde ver uma jovem escrever seu nome na neve. Era Déruchette, sobrinha de um dos homens mais ricos de Guernesey, Mess Lethierry. Gilliatt caiu de amores pela mo