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Mostrando postagens de 2018

Livro: 50 Poemas de Revolta

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Quando alguém ousa escrever algo relacionado a revolta, certamente pretende exprimir em suas palavras uma agitação peculiar que se estende por vieses de perturbação; em outras palavras, almeja compartilhar o efeito de sua revolta e, consequentemente, a gênese que o levou a tal manifestação. É interessante analisarmos dessa forma sempre levando o pensamento aos conceitos artísticos de expressividade. Seria uma revolta capaz de transmudar-se em arte? Artistas, por sua vez, poderiam concretizar suas obras pelo sentimento de raiva inerente à revolta? A resposta é sim! O tumulto da mente pode ser aliviado em arte, partindo do alvoroço de sentimentos revoltados em busca de alívio para tamanha conturbação. Um dos caminhos mais utilizados para se colocar em prática a composição organizada de preceitos revoltantes, é fazendo o uso das palavras, que nos conduzem aos itinerários determinados pelos autores, como bem entendem, em veículos conhecidos como poemas. Nos poemas podemos viajar, ob

A Conquista do Everest, por James Ramsey Ullman

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Amargamente decepcionado diante do fracasso da primeira tentativa, George Hebert Leigh Mallory estava decidido a arriscar mais uma vez antes da chegada das monções. O Everest era a montanha dele, mais que de qualquer outro homem. Fora o primeiro a marcar um caminho de escalada. Seu espírito ardente era a principal força motivadora por trás de cada lance vencido, e a conquista do topo era o grande sonho de sua vida. Agora seus companheiros percebiam que ele se preparava para o esforço supremo.  Mallory movia-se com a velocidade de sempre. Acompanhado do jovem Andrew Irvine, iniciou a subida a partir do passo onde estavam, no dia seguinte à descida de Norton e Somervell. Passaram a primeira noite no Acampamento V e a segunda no Acampamento VI, a 28.600 pés. Ao contrário de Norton e Somervell, planejavam usar oxigênio na última etapa e seguir a crista da cordilheira a nordeste, em vez de atravessar a face norte do desfiladeiro. A cordilheira apresentava dificuldades de subida mai

A Livraria, de Penelope Fitzgerald

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Seria um típico romance inglês em cenários e diálogos se não fosse pela especialidade de Penelope Fitzgerald em conduzir seus leitores a uma excêntrica trama que desperta questionamentos distintos à medida em que se avança na leitura. Apesar de sua brevidade, a obra traz uma perspicácia exacerbada em questões de convívio no sentido político; muitas vezes rompendo em vieses orgulhosos e egoístas por parte dos personagens. Tudo isso para desenrolar a narrativa direta que cultiva previsões de seu desfecho, mas que surpreende todos aqueles que ousam imaginar um final à trama.  Adaptado ao cinema por justamente trazer questões de convivência, classe, dinheiro e política, o exemplar também aborda preceitos de afinidade, aludido na introdução de David Nicholls como "exterminadores e exterminados", com os primeiros predominando o tempo inteiro. Ele ainda conclui dizendo que a proposição é inspirada em momentos da vida de Fitzgerald, e que dificilmente iremos encontrar outro au

A Espada Mágica

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Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local. Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate. Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada. A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino. Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum. Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror. De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa

São Damião de Veuster e os Leprosos

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Joseph Damien de Veuster (1840-1888) foi um jovem padre belga que se dedicou a cuidar de uma colônia de leprosos em Molokai, no Havaí. Chales W. Stoddard, residente no Havaí e autor do presente relato, visitou a colônia de Melokai em companhia de dois médicos do governo, em 1884. À primeira vista, Kalawao parece ao visitante uma próspera aldeia de quinhentos habitantes, se tanto. A única rua é margeada de chalés brancos com jardins floridos e graciosas árvores tropicais. Está situada tão perto da encosta que mais de uma vez as grandes pedras soltas pelas chuvas rolaram alto da montanha até as cercas nos limites da aldeia. Ao passarmos pela rua, o dr. Fitch era cumprimentado por todos. Sua visita mensal já era esperada e sucediam-se as saudações de "Aloha!" , partindo de todas as portas varandas e janelas.Um grupo mais entusiástico jogava os chapéus para o alto dando vivas ao "Keuka" (o doutor), entremeando a animação com risadas infantis.  Até então, a br

7 Princípios do Líder Revolucionário, de Hugh Blane

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O conceito de liderança se define pela arte de comandar pessoas, atrair seguidores e influenciar de forma positiva as escolhas e ações de um ou mais indivíduos. Está nas organizações que precisam de líderes para comandar suas respectivas produções, projetos, ideias, entre outras questões. O fato é que a liderança não nasce intrínseca a todos os seres humanos; muitas vezes tendo que ser conquistada, aperfeiçoada e exercitada. Salvo raríssimas exceções de líderes virtuosos que sabem extrair de dentro de si por conta própria a capacidade de liderar, traçando o caminho junto à equipe e dando o exemplo prático para que a mesma não se desmotive. Desse modo, a maior parte das pessoas precisa encontrar meios que façam germinar em si o espírito de liderança, tal como a força de vontade. Se instruir é um caminho válido para atingir tal objetivo, e tendo em vista esta presunção, vários autores já escrevam livros como guias para se conquistar a arte de liderar, como no caso de Hugh Blane, cons

Irmão Pedro e o Lagarto de Esmeralda

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Irmão Pedro viveu na Guatemala há muitos séculos, mas o bem que ele fez vive ainda hoje na história do seu trabalho. Era pobre e continuou pobre a vida inteira, pois dava tudo o que tinha aos necessitados. Transformou a própria casa, pequena e humilde, num lugar de tratamento para os doentes. Dizem que à noite percorria as ruas tocando um sininho para lembrar às pessoas de agradecer a Deus e compartilhar as graças recebidas. Certo dia Irmão Pedro estava indo para a cidade e encontrou um homem muito pobre sentado à beira da estrada. Ao ver Irmão Pedro, o homem enxugou disfarçadamente uma lágrima.  — Por que está tão aflito, amigo? — perguntou Pedro, percebendo o desespero do outro.  — Estou com problemas sérios — disse o homem. — Minha mulher está doente e precisa de remédios. Meus filhos estão passando fome, mas não tenho dinheiro e não encontro trabalho. Não sei o que fazer. Irmão Pedro olhou para o rosto sofrido e desejou ajudar. Mas suas roupas também estavam muito sur

Coleção Melhores Crônicas: Marina Colasanti

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Mais uma vez imerso no oceano das crônicas; agora, diria passageiro de um ônibus na estrada da vida, cujas curvas revelam-se em linhas de textos breves, porém com sentimentos pulsantes de uma especialidade à parte. Mais uma vez, e outra, e outra... Parágrafos curtos, orações incisivas, emoções de uma vida costumeira e um olhar seletivo para a realidade. Assim se dá as crônicas de Marina Colasanti: como uma árvore carregada de frutos à beira do caminho. Mesmo não estando com fome, o viajante não sai de sua copa até se fartar. Ora doces, ora amargas, as crônicas da autora se revelam em maestria e nos conduz à via arborizada da literatura. Qualquer leitor consegue perceber a paixão pela escrita que Marina possui e deposita em suas crônicas. Retrato de uma verdadeira cronista que enxerga de forma singular as nuances habituais do cotidiano. De temática abrangente, a autora recobre o imaginário refletindo sua artisticidade: contista, poeta, autora de livros infantis, lindos contos de

Folclore Africano: Por que os polegares são isolados?

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Há muito tempo, reza-se a lenda de que os cinco dedos ficavam bem juntos na mão, lado a lado. Eram rodos amigos. Aonde um ia, seguiam os outros. Trabalhavam juntos, brincavam juntos; lavavam, escreviam e cumpriam seus deveres juntos.  Um dia, os cinco dedos estavam descansando juntos numa mesa quando espiaram um anel de ouro largado ali perto.  — Que anel brilhante! — exclamou o Primeiro Dedo. — Ficaria lindo em mim — declarou o Segundo Dedo. — Vamos pegá-lo! — sugeriu o Terceiro Dedo. — Depressa! Agora, que ninguém está olhando! — cochichou o Quarto Dedo. Já iam pegar o anel quando o Quinto Dedo, chamado Polegar, falou: — Esperem! Não devemos fazer isso! — gritou. — Por que não? — perguntaram os outros quatro dedos. — Porque o anel não nos pertence — disse o Polegar. — É errado pegar uma coisa que não é sua.  — Mas quem vai saber? — perguntaram os outros dedos. — Ninguém vai nos ver. Vamos! — Não! — disse o Polegar. — Isso é roubo. Então os outros quatro co

Querido Mundo, de Bana Alabed

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As histórias sob a perspectiva de uma criança têm sempre uma especialidade quando bem transcorridas. Um encanto à parte do leitor com as palavras que, embora simples, refletem mais sentimentos que muitos títulos elaborados. Independente do gênero ou emoção — riso ou choro —, o olhar da tenra idade infantil sobre a realidade transforma o contexto e nos faz pensar na vida. Esse processo se potencializa ao sabermos que se trata de uma história real, escritas às lágrimas de angústia e sofrimento na esperança de um futuro melhor. Sim, o livro Querido Mundo nos concede a sensibilidade e a empatia para percebermos o sofrimento alheio nos relatos de guerra feitos por uma menina de sete anos e sua busca pela paz. Segundo J. K. Rowling, trata-se de uma história de amor e coragem em meio à brutalidade e ao horror, onde temos o testemunho de uma criança que suportou o inimaginável. Bana Alabed comoveu o mundo ao utilizar o Twitter como uma ferramenta de súplica à paz. Lá, a menina síria desc

O Homem Desatento às Portas do Paraíso

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Existe um conto dervixe que relata a história de um homem que, como a maioria de nós, sabia no fundo da alma qual o caminho para o Céu. Sabia que devia amar o próximo como a si mesmo, honrar seus pais e lidar honestamente com todos. Ele sabia como ajudar os necessitados e defender os inocentes. Sabia que a humildade, a paciência e o autocontrole são virtudes sábias.  E esse homem certamente tentava cumprir todas as coisas — mas só de vez em quando. Ele ajudaria um amigo, se por acaso se lembrasse que esse amigo estava passando por necessidade; fazia uma prece de ação de graças, se julgasse conveniente; até dava dinheiro aos pobres, se lhe doesse a consciência pesada. Mas a maior parte do tempo ele se ocupava mesmo é com seus próprios assuntos. Seus hábitos se impregnaram na alma e ele acabou desenvolvendo o defeito da desatenção. As oportunidades para um comportamento exemplar vinham e iam-se; em certas ocasiões chagava a percebê-las, mas de um modo geral nem notava as chances

Glück, de Karin Hulck e Fred di Giacomo

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A vida da maior parte das pessoas é, de fato, um emaranhado de questionamentos a respeito do que fazer e para que fazer, a fim de se atingir a felicidade. Como se esta fosse um prêmio dado somente ao vencedor da repetitiva competição que se inicia ao nascer do sol e termina quando o mesmo se põe. Constantemente, a felicidade também é associada ao sucesso, seja ele profissional, sentimental, acadêmico, enfim, triunfante. Neste vasto leque de predeterminações sobre os itinerários que levam à tão quista emoção, eis que os autores  Karin Hulck e Fred di Giacomo acabam descobrindo novas facetas dessa preciosa satisfação interior, e fazem isso de forma surpreendente: abandonam tudo e lançam mão de um ano sabático para tentarem entender o conceito da felicidade conquistada em sua essência. Assim, surge a obra Glück, que do alemão significa alegria e sorte. Imagine largar a gênese de uma carreira brilhante em um ofício extremamente disputado para percorrer o mundo atrás de respostas. Clar

Os Italianos, de João Fábio Bertonha

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Para mim, o livro de João Fábio Bertonha foi um dos mais especiais em meio aos inúmeros títulos históricos que já abordei no site. Isso porque o mesmo diz respeito aos italianos e sua história, abrangendo temas diversos e contraditórios que são elucidados pelo historiador. Muito do que queria entender sobre como se deu a vinda de minha família para o Brasil está explicado no livro, numa linguagem extremamente acessível e fluída, além de outros temas importantes para o conhecimento de todos, não se prendendo apenas naqueles cujos costumes e origens estão presentes na árvore genealógica. Lançando a questão do que é ser italiano atualmente, Bertonha nos conduz a uma certa mutação da identidade nacional no decorrer dos séculos de sua história, enlaçando a economia, a política, a cultura e diversos outros fatores para dentro da dissertação. E isso é feito em dois extremos de um itinerário, tal qual sua influência rural em contraste com o mundo da moda e seus executivos competentes, ou

Israel: Uma História, de Anita Shapira

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É interessante quando encontramos obras de âmbito histórico que saem da angulação padrão dentro de seus respectivos temas. No caso do exemplar aqui resenhado, a professora Anita Shapira desenvolveu seu trabalho de maneira instigante e abrangente, sem perder a sensibilidade, fazendo de seu conjunto de textos uma rica fonte de estudo sobre o sionismo, que é o movimento internacional judeu resultante na formação do Estado de Israel e em sua posterior evolução. De acordo com a revista Publishers Weekly, trata-se de um guia indispensável, pois a autora faz uma grande análise histórica, econômica, social e cultural de Israel, utilizando a literatura hebraica de forma precisa para ilustrar os temas abordados em seu livro. Shapira não se limita apenas aos relatos de guerras e conflitos entre árabes e israelenses, como a maior parte dos autores que se propõem a escrever sobre o mesmo tema, partindo ao encontro de questões mais amplas como fatos ocorridos em períodos de paz, alicerces cult

Coleção Melhores Crônicas: Lima Barreto

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Mais uma vez adentrando o campo concernente ao tempo, breve e profundo, das crônicas escritas por grandes autores, dessa vez mais apurado no que diz respeito à compreensão sentimental desses textos que compilam um conjunto de ideias viajantes pelas linhas temporais. Sim, são crônicas: palavras que perduram em sentidos e emoções, cujo tema, apesar dos anos, não se corrompe em suas ações, nem tampouco se esvai como fina areia ao vento. Não é à toa que tal palavra vem de  cronos , tratando-se da personificação do tempo na mitologia grega ou mencionando a compreensão dos anos, meses e dias. Essa introdução é importante ser destacada, pois o exemplar hoje abordado reúne crônicas do autor Lima Barreto, selecionadas por Beatriz Resende, que foram escritas há mais de cem anos e ainda trazem nuances de uma época não mais existente semelhantes às tonalidades encontradas pelas ruas nos dias atuais. Como alguém que sobe uma velha ladeira: a visão e as pessoas não serão mais as mesmas de

Os Portugueses, de Ana Silvia Scott

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A história de povos e civilizações é, sem dúvidas, um conhecimento ímpar que o indivíduo pode buscar a fim de apurar sua base cultural; mas, muito além disso, tal informação pode, também, mudar a forma com que o leitor enxerga sua realidade, tornando-se capaz de notar influências muitas vezes despercebidas e compreender o porquê de vários aspectos que englobam o cotidiano existirem e se interligarem pelo desenvolvimento cultural junto à dispersão de suas características ao redor do mundo. Em outras palavras, são como referências que se ramificam e ganham suas próprias vertentes, por isso o motivo de tamanha notabilidade dentro do conhecimento de diferente povos e seus costumes, pois foram a partir deles que se constituiu a atualidade como ela é; na soma de fatores que proporcionaram a nossa civilização vigente. Sendo assim, é de suma relevância aos brasileiros se aprofundarem na história do povo português ao longo dos anos, antes mesmo de chegarem à America e colorizarem o

O Trem que Leva a Esperança, de Alison Pick

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Depois de já ter lido algumas obras que abordam o tema dos judeus e nazistas do período da Segunda Guerra Mundial, desenvolvi a habilidade de perceber os diferentes ângulos que os autores utilizam para transcorrerem suas respectivas histórias, destacando os aspectos mais tocantes dentro de suas linhas de raciocínio. Seja pelo massacre; pela separação; pelo olhar de uma criança sobre o sangue derramado, o tema sempre irá nos despertar para novos questionamos, ainda que sua premissa já esteja esmiuçada. Nesse ponto, conseguimos perceber quem são os bons escritores: aqueles que conseguem extrair um novo panorama em meio à saturação do conteúdo. Alison Pick, de fato, teve esta capacidade ao escrever o Trem que Leva a Esperança. Não foi à toa que a consagrada autora canadense, colecionadora de vários prêmios ao longo de sua carreira, conquistou o Jewish Book Award e uma indicação ao Man Book Prize pela obra preciosa que ganha sua primeira edição brasileira. No período onde a esper

Entre Asas e Raízes, de Filipe Penasso

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Depois de centenas de obras resenhadas e analisadas, eis que surge a oportunidade de comentar sobre um exemplar de minha autoria. Talvez seja o trabalho mais difícil, uma vez que eu mesmo o tenha escrito; de tal forma que não farei uma resenha, mas sim um resumo daquilo que apresento aos leitores no livro Entre Asas e Raízes, publicado originalmente no Wattpad e acessível a todos. Trata-se de uma antologia poética, cujos versos são concretizados pelas reminiscências infantis de um menino crescido no interior de Minas Gerais, que busca relacionar dois extremos na mesma linha de raciocínio. Asas dadas àqueles que se sentem chamados a abraçar o mundo e percorrer os caminhos de acordo com as estações; raízes atribuídas aos que cumprem o papel de porto-seguro, formalizando uma base sólida no espaço que lhes foi confiado. Ambas características importantes, mas de certo modo análogas, que compõem o coletivo de escolhas que devemos fazer ao longo da vida. Alguns poemas disponíveis no

Sucesso e Sorte: O Mito da Meritocracia, de Robert H. Frank

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Um dos inúmeros motivos para permanecermos sempre em busca de novos conhecimentos é a capacidade que enxergarmos conceitos por diferentes ângulos e definições. Isso pode ocorrer com termos bem comuns, revelando interpretações ainda não pensadas, dando uma nova perspectiva sobre as formas de empregá-las. Tendo a palavra 'sorte' como exemplo, é possível perceber ramificações além da força invencível a que se atribui o rumo e os diversos sentidos da vida, pois com a visão de Robert H. Frank, em seu livro Sucesso e Sorte: O Mito da Meritocracia, contemplamos o seu ponto de vista a fim de elucidarmos as fontes do resultado final tido pela sorte, desprendendo-nos das barreiras do destino para mergulharmos num processo que, segundo o autor, inviabiliza a definição de meritocracia.  É interessante analisarmos o itinerário ao sucesso por meio de dois aspectos análogos: sorte e mérito. São extremos e opostos quando se parte do propósito de atingir determinada meta, caracteriz