Escrever Fantasia: Um Escape à Realidade

Depois de muito desbravar a escrita realística, passando de crônicas às resenhas literárias, com opiniões formadas sobre conceitos estéticos reais, adentrei no mundo da fantasia que já vinha consumindo pela leitura como um viés a ser explorado. Confesso que me surpreendi. 

O concurso Raças da Fantasia, no perfil de mesmo gênero do Wattpad, foi o insight necessário para que eu pudesse adentrar a noite criacionista sem limites nos extremos. A regra era escrever sobre reinos que, por um enredo, eram conectados em suas diferenças. Daí que surgiu Tarnin: O Desbravador da Tempestade.

Foi uma experiência fantástica criar tudo do zero, partindo das características dos três grandes povos e indo ao encontro de um desfecho que unisse às diferenças em uma única premissa. Por fim, nasceu um conto de quase quatro mil palavras para se encaixar às regras da seletiva.

Digo que minha mente viajou enquanto imaginava as cenas e as punha no papel. Era uma verdadeira canção sendo composta. Uma sensação única de moldar um universo com suas próprias mãos. Claro que sempre trazendo referências externas de outras obras já consagradas, mas com um toque original. Imaginado e engendrando como magia. E por falar nesta mesma magia, parece que ela se externou das linhas para ir ao meu encontro nas noites em que adormeci sem ainda ter terminado a trama. 

Encontrava a magia nos sonhos, gerando ideias e peripécias, cenários e relações entre personagens; encontrava-a também em devaneios e reminiscências, partindo de um pressuposto já firmado a fim de consagrar algo que estava nascendo das entranhas da criatividade.

Escrever fantasia é mágico. Faz a imaginação florescer feito um jardim esquecido na neblina da memória. Trabalha emoções como joias preciosas a serem garimpadas e lapidadas. Escrever fantasia foi amar cada linha perfeitamente encaixada no parágrafo. Foi caminhar sobre as nuvens e deslizar em estrelas cadentes.  Foi encontrar nas páginas um mundo novo, onde não havia limites para a arte nem tampouco para a capacidade do autor de seguir adiante.

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