O Veneno da Vaidade


A lenta e corrosiva vaidade, que toma a razão daqueles que por ela são infectados, é considerada como pecado capital cujo modelo egocêntrico torna-se o motivo para se potencializar. Tal sensação egoísta possui registros tão antigos quanto as pirâmides do Egito, e, assim como elas, atravessou as eras arrastando seus pesos materialistas consigo. Não é à toa que sua representação passou a ser uma caveira em torno de bens materiais, sendo que a mais famosa das pinturas, produzida por Charles Allan Gilbert em 1892, mostra uma mulher se enfeitando em sua penteadeira; seu reflexo finaliza a maestria da obra, e como um todo, nossos olhos veem o crânio na imagem, vazia e isenta de futilidade.
Pois assim como as telas expostas em museus, os antigos contistas também registraram suas experiências de vaidade. Narciso, por exemplo, foi traído pela mesma ao se debruçar no leito do lago e definhar-se com o tempo. Sua lenda já foi contada aqui, tanto em vídeo quanto em texto, e você pode conferir acessando A Lenda de Eco e Narciso. Além disso, existe a fábula da tartaruga e os patos, cuja origem é incerta, pois tanto na Índia quanto na Grécia havia versões diferenciadas da mesma história. 
O animal da narrativa pôde conquistar tudo o que queria e se diferenciar dos outros, mas o orgulho e a vaidade acabaram com seu sucesso quando resolveu vangloriar-se de seus atos. A fábula por escrito, você pode acessar em A Tartaruga Voadora, porém, também pode assistir ao vídeo onde narro a mesma história. Confirmo que, apesar de simples, a reflexão é profunda, tornando particular a mensagem experienciada por cada um.


Comentários

  1. To sempre por aqui curtindo suas postagens. Gosto muito do seu blog!
    Abraços.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A História de Caronte: O Barqueiro dos Mortos

Mobilismo e Monismo

O Segredo de Cura dos Índios

A Livraria, de Penelope Fitzgerald