O Colosso de Rodes.
Quando em 672, os Árabes invadiram Rodes, a sombra de um corpo gigantesco, submerso pelas águas, deixou-os estupefatos: o Colosso de Rodes, a imensa estátua de bronze, que se erguia à entrada do porto, jazia, desde mais de 800 anos no fundo do mar, recoberta por algas e moluscos, com as pernas quebradas e o rosto mergulhado na areia. Carete de Lindo e Laccio Lindano tinham sido os arquitetos. Depois de 12 anos de trabalho − a obra fora iniciada no ano 280 A. C. −, Carete, que a tormentosa dúvida de não haver suficientemente providenciado à estabilidade da estátua havia acabrunhado, suicidou-se, e Laccio Lindano prosseguiu, sozinho, os trabalhos, Foram necessárias mais de 300 toneladas de bronze; o interior, preenchido de tijolos até a cintura, e vazio na parte superior, ocultava uma escada, que conduzia à câmara de fogo, posta na cabeça.
Todas as noites, os guardas subiam até lá em cima, a fim de acenderem os fachos que, transluzindo dos olhos do colosso, serviam de farol aos navegantes. O colosso, do qual não nos ficou nenhuma documentação, não permaneceu muito tempo no pedestal: realmente, 56 anos depois, um terremoto o fez ruir, e ninguém se importou em retirá-lo das águas, nas quais jazeu até que, após a invasão dos árabes, alguns mercadores providenciaram sua demolição e venderam-lhe o material.
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