O Templo de Diana em Éfeso.
No lugar onde surge agora a aldeia turca de Aia Soluk, pontificava, outrora, o culto de Diana, deusa da fecundidade. O Templo de Éfeso, várias vezes destruído e reconstruído, era considerado um tesouro comum de toda a Ásia, pois não só seus subterrâneos estavam repletos de riquezas, que os sacerdotes deviam ocultamente administrar, mas o próprio edifício, obra dos arquitetos Chersifrone e Metagene e dos escultores Scopas e Praxiteles, não tanto pela imponência quanto pela harmonia das proporções, era uma joia da arquitetura grega. Mas eis que, no ano 35 A. C., um demente, que vivia da generosidade dos peregrinos, Eróstrato, numa cálida noite de julho, quando a cidade estava imersa em sono, ateou fogo no edifício. As chamas tudo destruíram antes que os homens que acorreram pudessem salvar algo das inestimáveis riquezas ali acumuladas. Mas, alguns anos mais tarde, ele ressurgiu, ainda mais fúlgido, com seus mármores. 127 colunas iônicas da altura de 18 metros, cingiam a cela da deusa. 36 destas, doadas por Creso, rei da Lídia, estavam ricamente, esculpidas na base. Coroava-o uma ampla fachada triangular, também lavrada; no interior, os afrescos de Apeles inundavam os espectadores de maravilha, pela beleza e a habilidade dos desenhos. Terminado no ano 323 A. C., o templo teve vida breve: semi-destruído pelas hordas de Gôdos que, nos anos de 260 a 268 A. C., haviam invadido a Ásia Menor, ele se transformou, mais tarde numa pedreira para o habitantes da aldeia de Aia Soluk que, incapazes de compreender-lhe a beleza, utilizaram o material das construções para sua casa.
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